Entenda melhor o que é
Nunca houve uma época na história da humanidade em que tantas pessoas sofreram com a ansiedade. Segundo a Organização Mundial da Saúde, há 18,6 milhões de brasileiros, (9,3% da população), sofrendo de ansiedade.
A ansiedade pode ser descrita como uma expectativa que precede uma situação ou um sentimento.
Para Freud, pai da Psicanálise, a ansiedade teria origem biológica e, inicialmente, não configuraria uma patologia, ao contrário, configuraria uma capacidade útil à preservação da nossa vida, uma vez que ajudaria a antecipar ameaças que poriam em risco a nossa sobrevivência.
No entanto, diversos fatores sociais e comportamentais da modernidade, a exemplo do modo de organização econômico, fizeram com que ansiedade passasse a se configurar de outras maneiras.
O excesso de informações, advindas de inúmeros meios de comunicação - telejornais, rádio, instagram, facebook, entre outros - os diversos posicionamentos ideológicos em conflito, a disseminação de fake news, podem abrir margem para emergência de medos irracionais.
Há algumas atitudes que podemos tomar para lidar com o aperecimento desses medos.
A autoreflexão é um dos caminhos.
Quando a ansiedade surgir, você pode começar a se questionar sobre o que está pensando: porque estou sentindo isso? Será que essa situação pode ser controlada por mim? Se não é algo que eu possa controlar, vale a pena dispender tanta energia psíquica por isso?
Outro meio que pode ajudar muito no controle da ansiedade é a conversa: compartilhar com pessoas próximas os seus pensamentos, as situações que te amedrontam, é um bom caminho para sistematizar e entender o que se sente.
Recomendo, então, que você reflita sobre seus reais desejos, o quanto realmente precisa dispender de energia psíquica em relação às situações que ainda não aconteceram e que não estão sobre o seu controle. Converse sobre os seus sentimentos e afetos, não se ocupe com coisas desnecessárias - fazer atividades que coloquem a sua mente no presente, como atividade física e meditação, podem te ajudar bastante.
Além disso, é sempre recomendável que você procure também a ajuda de profissionais credenciados, como psicólogos e psiquiatras.
(Texto de autoria de Thiago Stefanini - Psicólogo CRP 06/157457)
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